Na manhã da última sexta-feira, (03), a secretária da saúde do município de Jacobina, Tânia Santos, concedeu entrevista exclusiva à Rádio Jacobina FM. Em uma conversa franca com o comunicador Clayton Luz, a enfermeira e chefe da pasta, falou sobre a estrutura precária que foi encontrada pela nova gestão, a necessidade de fortalecimento da atenção básica e a expectativa de um futuro com resultados satisfatórios para toda população jacobinense.
Tânia retratou sobre situações como a falta medicamentos e também a superlotação da UPA 24h. “O SUS já tem um método desenhado e que dá resultados positivos, ou seja, precisamos fortalecer a estrutura de pessoal, de equipamentos e medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde, e a população pode confiar que é na atenção primária onde resolvemos cerca de 90% dos problemas de saúde, afinal, é perto da nossa casa onde cuidamos dos hipertensos, diabéticos, dores de cabeça, febre, além de serviços como planejamento familiar, puericultura, além de contar com dentista, médico, enfermeiros, técnicos e auxiliares. A UPA é para questões mais sérias como um acidente de rua ou doméstico que inspire maiores cuidados, a suspeita de um AVC ou infarto, e mesmo assim este paciente terá que ser estabilizado e transferido para uma unidade hospitalar em até 24 horas. Já a questão medicamentosa, existem três listas que são os medicamentos de responsabilidade do município, do estado e do ministério da saúde, além da precariedade e falta de medicamentos que encontramos, ainda lidamos com as férias coletivas que os laboratórios promovem aos seus colaboradores no primeiro mês do ano, contudo estamos trabalhando exaustivamente para sanar todo esse caos que é notório para a população” relatou Santos.
A secretária da saúde faz também um retrato histórico da situação hospitalar e da relação necessária entre os agentes comunitários de saúde e os moradores.
“Há 20 anos atrás os partos eram realizados aqui, cirurgias eletivas com baixo grau de gravidade também, éramos uma referência materno-infantil para a região, e hoje não temos uma unidade funcionando em porta aberta para a população. Outra coisa que precisamos reestruturar é o trabalho e a relação dos agentes comunitários de saúde com os moradores do território de atendimento da unidade básica de saúde, lá atrás já realizávamos com sucesso esta parceria e voltaremos, aproximando o serviço público de saúde, pois este é um desejo da prefeita Valdice Castro, que nos tornemos uma referência em cuidado, em zelo, em acolhimento com o nosso povo” disse Tânia.
O Desejo popular e também o anseio da nova gestão em reabrir o Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho, é algo que a princípio necessita saber a respeito da estrutura, levantamento de dados para que haja um diagnóstico à respeito da unidade e uma perspectiva de como será o perfil da unidade e projeção de quando poderá ser reaberto para a população de Jacobina e região.
Por Clayton Luz.